Uspalata já a 120 km de Mendoza. Calil tomou uma garrafa de vinho e fez o restante da viagem instrumento. Cláudia apavorada na garupa. Ele
muito feliz. Reencontramos a turma do Chico que estava em San Antonio (ao sul de Santiago) e vieram mais tarde. Estamos todos no mesmo hotel o Aconcágua por sinal bem ajeitado. A noite Raul já de camiseta do evento, conduziu a todos no Tobamóvel para a janta e festa de boas vindas seguindo um enxame de Harleys. 
14° dia – Mendoza : Todos entraram no clima do evento. Fomos guiados pelo Enrique (organizador do encontro de Harleys de Mendoza) e todas as Harleys primeiro para a foto oficial do evento num monumento que fica em cima de um morro de onde se vê toda a linda cidade de Mendoza e depois num belo passeio pela zona rural com almoço de um tipo de carne que se faz com cobertura de pão em assadeiras, vinhos tintos e brancos com o logo do evento servidos em um
camping de uma cidadezinha a uns 80 km de Mendoza. Foram de moto do nosso grupo somente o Benoni e o Magrão, seguindo o todo o resto do grupo na van. A tarde fui com o Chico e o Nilson a oficina do Masceto onde eles trocaram o óleo das máquinas. Ele é um mecânico muito competente e atende a todos com a melhor boa vontade, apesar de se acumularem muitas motos nestes dias procurando seus serviços. Durante os longos deslocamentos diários, o Masceto acompanha o comboio com seu carro e carretinha, socorrendo aqueles que porventura tiverem algum problema.
15° dia – Mendoza: Outro longo passeio pela zona rural no entorno de Mendoza, com belíssima vista da cordilheira dos A
ndes com seus picos nevados e com o Aconcágua reinando absoluto. Muitos e muitos hectares de parreirais que dão origem aos excelentes vinhos da região. Almoço com churrasco típico argentino no Aeroclub de Rivadávia a sombra das árvores, seguido de competições de marcha-lenta, bike show (concurso da moto mais bonita, mais antiga, etc) e retorno a Mendoza. A noite festa de despedida da qual não participamos porque iríamos viajar cedo. Mas o casal Terezinha e Osmar receberam o premio de casal que mais viaja de moto e soube por eles que o Enrique agradeceu em discurso a presença da turma de Campo Grande.
16° dia – Mendoza a Villa Carlos Paz (569 km): Saímos as 7:00 hs com a turma do Chico num trem de 16 motos. Passamos um trecho de deserto e depois chegamos a umas montanhas próximas de Córdoba que se chamam Altas Cumbres, com uma estrada lindíssima que vai serpenteando e subindo até o alto delas num visual digno de fotografias do HOG. Chegamos por volta das 15:00 hs e fomos os homens para a piscina térmica do Hotel Portal del Lago, comemorar o aniversário do Chico que hoje faz 50 anos. A noite muito vinho e despedidas pois amanhã faremos um trecho juntos até Santa Fé e depois nos separamos.
17° dia – Villa Carlos Paz a Resistência (947 km): Saímos as 6:15 hs para cumprir aquela que seria a maior etapa de nossa viagem. O stress começou logo na saída, quando por atraso do recepcionista a Regina do Benoni ficou por último e passou uma carraspana em todos que já estavam com suas motos ligadas e buzinando para partirmos. Havia um temor no ar de que nem todos conseguiríamos pilotar tanto. Para agravar os produtores rurais estavam interrompendo rodovias pelo país todo em sinal de protesto pela política agrícola. E assim meio estressados, meio tensos partimos para a luta. Ali pelas 9:30 paramos num posto e fomos informados que estavam fechando a rodovia naquele momento num trevo a trezentos metros dali. Abastecemos e saímos correndo, com o Toninho na frente falando com o pessoal, pulamos um meio fio para a contramão (a van também) e passamos no último instante antes da rodovia ser fechada. O Nilson ficou um pouco atrás e só pela boa vontade de um tratorista que deu marcha a ré na máquina ele pode passar. Foi muito emocionante. A partir daí o grupo do Chico se separou do nosso se adiantando sem ao menos um até logo... Ficaram conosco o Osmar e a Terezinha e o Comandante Edgard e a Cidinha que seguiriam junto conosco até Resistência quando então eles pernoitariam em Corrientes já no rumo de suas casas. Osmar seguiu firme de Road Captain. Depois tivemos mais um fechamento de rodovia, mas que conseguimos superar perdendo não mais que uns 30 minutos com nossa turma confraternizando com os manifestantes que inclusive nos ofereciam vinho gelado para amenizar o terrível calor do chaco argentino. Com todas estas tensões, agravadas pelo cansaço da longa jornada, Fernanda que teve uma crise de labirinto durante a viagem, frustrada por não pernoitarmos em Assunção chegando a Reconquista (711km) desabou. Entrou em crise, não queria mais prosseguir, falando até em abandonar o grupo. Extintores de incêndio foram acionados, e o Geraldo com seu jeito conciliador e mostrando que o casal é muito afinado conseguiu convencê-la de prosseguir os duzentos e poucos quilômetros que faltavam. Em Resistência nos hospedamos no confortável Hotel Cassino Amerian. Chegamos as 19:00 hs após nos despedirmos do Osmar Edgard e esposas no trevo, completando quase 13 horas de estrada no trecho mais desafiador de nossa aventura.
18° dia – Resistência a Ponta Porá (750 km): Hoje saímos as 7:00 pois o trecho era mais curto somente com a aduana entre Argentina e Paraguai para complicar um pouco. Primeira puxada 280 km com o Calil sofrendo pane seca mas sendo atendido pelo Tobamóvel que tinha gasolina e não perdendo nenhum tempo. Depois fizemos a aduana e contornamos Assunção (ficamos devendo este programa pra Fernanda) e seguimos Paraguai a dentro. Paramos para um churrasco a menos de 200 km de Ponta Porã num posto de um gaúcho que já estamos ficando freguês. A 30 km de Pedro Juan quebrou o escapamento esquerdo do Calil, e precisou ser removido o silencioso. Foi o único problema mais sério que aconteceu com uma de nossas motos em toda a viagem. Perguntamos se ele queria embarcar e ele disse que nem morto. E assim com um barulho infernal prosseguiu a viagem. Às 16:00 hs encostávamos na Casa China em Pedro Juan Caballero já com a bandeira do Brasil tremulando do outro lado da avenida internacional que divide os dois países. Rogério e Mônica vieram de Campo Grande gentilmente nos receber. Todos estavam muito alegres mas já pintava no ar uma melancolia de final de viagem. Na Casa China Calil cortou o cabelo e aparou a charmosa barba branca que deixou ao longo da viagem para proteger o rosto. Não sei não mas acho que vou ganhar um parceiro de barba... Benoni também aparou os cachos e eu fiz as unhas que já juntavam sujeira de uns três países. Raul comprou pilhas recarregáveis e um cartão de 1 giga para a sua máquina. Esse Raul está ficando realmente esperto. A noite no Hotel Pousada do Bosque bebedeira e confraternização pelo aniversário da Mônica que seria no dia seguinte.
19° dia (19/03/08) Ponta Porã a Campo Grande (348 km): Sem hora certa para acordar deixamos o hotel aos poucos, uns indo fazer aduana, outro compras (no dia anterior as mulheres já tinham lotado a van) e combinamos de sair da Casa China as 9:00 hs. Conseguimos sair ali pelas 9:40 e seguimos com muito cuidado porque segundo dizem é perto de casa que acontecem a maioria dos acidentes. Rogério agora faceiro integrado ao grupo e bem falante no rádio da sua Ultra. Almoçamos no Kinzinho com sua mesa farta a 60 km de Campo Grande. Fizemos um quilinho e pegamos a estrada tomando uma chuvinha fresca na chegada da cidade que mais parecia lágrimas de despedidas e fomos todos para a padaria do Waldir para descarregar o Tobamóvel e nos separarmos encerrando a viagem definitivamente. Muitos abraços, muitas emoções. Uma viagem fantástica com muito visual, muita alegria, muita realização. Quando contarmos aos nossos netos vão nos chamar de mentirosos. Mas essa é a vida!
Gostaria de citar aqui e tecer alguns comentários sobre os companheiros de viagem, alguns dos quais nem citei ao longo de minha narrativa:
Toninho e Carmen: Toninho meu “hermano” de outras viagens, logo na saída dividiu o seu Lexotan com a Regina do Benoni e passou o resto da viagem com os nervos a flor da pele inclusive inspirando o Benoni a criar o Programa “O coice” na Rádio Toba Red que criamos em nossas comunicações entre as motos. Sempre prestativo e cuidando do Tobamóvel. Só pediu demissão do cargo no penúltimo dia. Carmen a nossa chefa de sempre. Quando ela fecha a boca e arregala os olhões azuis é porque alguma coisa está acontecendo! Trabalhou duro nas reservas de hotéis.
Benoni e Regina: Benoni o típico italianão! Sempre de bom humor e aproveitando tudo. Fala mais que um papagaio. Companheirão. Regina muito atenta, quase sempre quando não estava na garupa estava no banco da frente comandando o Tobamóvel. Grande abladora de castelhano nas reservas. Os dois loucos pelos consogros Magrão e Lilí.
Magrão e Lilí: Magrão nos emocionou a todos topando fazer esta viagem. Sabemos que luta com um problema na próstata que justificaria perfeitamente sua desistência. Mas o português é macho, consultou alguns médicos e partiu firme. Confesso que me preocupei com ele algumas vezes mas a sua Road King hora nenhuma ficou para trás. Lilí aquele doce de pessoa. Me lembra muito sua saudosa mãe Dona Malú. Atende a todos, sempre simpática, teve paciência com todos que usavam o seu laptop com JustVoip pra falar de graça. E foi fundamental também nas reservas.
Nilson e Cristina: Nilsinho foi meu companheiro de quase trinta anos atrás quando fazíamos trilhas pelo pantanal. Agora está de Harley. Continua prestativo como sempre, curioso, sabido e dá opinião sobre tudo. E quando o clima esquentava sempre foi conciliador. Cristina minha prima querida acaba sendo o meu “pedaço de Zé Barbosa”. Quando me abraça é como se eu estivesse abraçando um pouco meu primo (seu irmão) Zé Barbosa que me deixou tantas saudades. E tem um coração super generoso.
Geraldo e Fernanda: Como já descrevi durante o relato da viagem, o Geraldo é pessoa inteligente, educado e muito observador. Fala pouco e não diz bobagem. Admirador da boa mesa e do bom vinho. Já tinha boa impressão dele. Agora sou seu fã. Fernanda companheirona do Geraldo, muito antenada com a viagem e sempre se interando de tudo. Os dois são muito viajados e agora estão também com experiência em viagem internacional de moto.
Jânio e Dan: O meu amigo Jânio Toba é um caso a parte. Com sua BMW RT não se submete a nenhum tipo de controle! Tem hora que passa todo mundo, tem hora que fica pra trás pra fumar. Enfim dentro da harmonia que se formou no deslocamento do grupo o Jânio era o nosso passatempo, a quebra da rotina. Sempre foi assim e não vai mudar... A Dan sempre simpática só não pode ficar sem sua cerveja gelada! Ela e o Guilherme filho dos dois nos acompanharam entre Santiago e Mendoza.
Calil e Cláudia: Calil grande playboy dos tempos da Rua Augusta do alto de sua experiência de vida tem sempre umas tiradas engraçadas. Ri bastante com ele nesta viagem. E com seu novo visual (barba) está parecido com aqueles milionários da Cote D’Azur... Cláudia sempre de bom humor, companheira e acima de tudo fiel escudeira da Carmen.
Joaquim e Xan Xan: De mim obviamente não vou falar. Mas tenho a dizer que fiz o mais divertido spa da minha vida. Resolvi há uns 60 dias dar uma trancada na boca pois havia passado dos 150 kg! E durante a viagem na correria não dava mesmo tempo de comer então perdi uns bons kilos. Quanto a Xan Xan minha esposa foi uma companheira incrível, andando mais de 6000 km dos 8600 que foram a viagem na minha garupa. Foi uma experiência nova para nós, uma vez que nas duas outras vezes que fui ao exterior de moto ela não participou.
Raul e o Tobamóvel: Quando estávamos planejando a viagem precisávamos de um veículo de apoio. Magrão viu uma van anunciada no jornal e ligou. Achamos o Raul na primeira tentativa. E o cara se entusiasmou com nosso projeto, aceitou nossos pedidos (como adesivar toda a van por exemplo) e foi um grande companheiro de viagem. Ganhamos um amigo e o Raúl ganhou diversos fregueses. Quem quiser contratá-lo tem a nossa recomendação. Grande abraço Raul!
Agora como diz a Fernanda é pensar na próxima. Quem sabe o Ushuaia? Um abraço a todos e obrigado pela paciência e apoio de nos acompanhar pelo Blog.
Joaquim Barbosa de Souza Neto
15° dia – Mendoza: Outro longo passeio pela zona rural no entorno de Mendoza, com belíssima vista da cordilheira dos A
16° dia – Mendoza a Villa Carlos Paz (569 km): Saímos as 7:00 hs com a turma do Chico num trem de 16 motos. Passamos um trecho de deserto e depois chegamos a umas montanhas próximas de Córdoba que se chamam Altas Cumbres, com uma estrada lindíssima que vai serpenteando e subindo até o alto delas num visual digno de fotografias do HOG. Chegamos por volta das 15:00 hs e fomos os homens para a piscina térmica do Hotel Portal del Lago, comemorar o aniversário do Chico que hoje faz 50 anos. A noite muito vinho e despedidas pois amanhã faremos um trecho juntos até Santa Fé e depois nos separamos.
17° dia – Villa Carlos Paz a Resistência (947 km): Saímos as 6:15 hs para cumprir aquela que seria a maior etapa de nossa viagem. O stress começou logo na saída, quando por atraso do recepcionista a Regina do Benoni ficou por último e passou uma carraspana em todos que já estavam com suas motos ligadas e buzinando para partirmos. Havia um temor no ar de que nem todos conseguiríamos pilotar tanto. Para agravar os produtores rurais estavam interrompendo rodovias pelo país todo em sinal de protesto pela política agrícola. E assim meio estressados, meio tensos partimos para a luta. Ali pelas 9:30 paramos num posto e fomos informados que estavam fechando a rodovia naquele momento num trevo a trezentos metros dali. Abastecemos e saímos correndo, com o Toninho na frente falando com o pessoal, pulamos um meio fio para a contramão (a van também) e passamos no último instante antes da rodovia ser fechada. O Nilson ficou um pouco atrás e só pela boa vontade de um tratorista que deu marcha a ré na máquina ele pode passar. Foi muito emocionante. A partir daí o grupo do Chico se separou do nosso se adiantando sem ao menos um até logo... Ficaram conosco o Osmar e a Terezinha e o Comandante Edgard e a Cidinha que seguiriam junto conosco até Resistência quando então eles pernoitariam em Corrientes já no rumo de suas casas. Osmar seguiu firme de Road Captain. Depois tivemos mais um fechamento de rodovia, mas que conseguimos superar perdendo não mais que uns 30 minutos com nossa turma confraternizando com os manifestantes que inclusive nos ofereciam vinho gelado para amenizar o terrível calor do chaco argentino. Com todas estas tensões, agravadas pelo cansaço da longa jornada, Fernanda que teve uma crise de labirinto durante a viagem, frustrada por não pernoitarmos em Assunção chegando a Reconquista (711km) desabou. Entrou em crise, não queria mais prosseguir, falando até em abandonar o grupo. Extintores de incêndio foram acionados, e o Geraldo com seu jeito conciliador e mostrando que o casal é muito afinado conseguiu convencê-la de prosseguir os duzentos e poucos quilômetros que faltavam. Em Resistência nos hospedamos no confortável Hotel Cassino Amerian. Chegamos as 19:00 hs após nos despedirmos do Osmar Edgard e esposas no trevo, completando quase 13 horas de estrada no trecho mais desafiador de nossa aventura.
18° dia – Resistência a Ponta Porá (750 km): Hoje saímos as 7:00 pois o trecho era mais curto somente com a aduana entre Argentina e Paraguai para complicar um pouco. Primeira puxada 280 km com o Calil sofrendo pane seca mas sendo atendido pelo Tobamóvel que tinha gasolina e não perdendo nenhum tempo. Depois fizemos a aduana e contornamos Assunção (ficamos devendo este programa pra Fernanda) e seguimos Paraguai a dentro. Paramos para um churrasco a menos de 200 km de Ponta Porã num posto de um gaúcho que já estamos ficando freguês. A 30 km de Pedro Juan quebrou o escapamento esquerdo do Calil, e precisou ser removido o silencioso. Foi o único problema mais sério que aconteceu com uma de nossas motos em toda a viagem. Perguntamos se ele queria embarcar e ele disse que nem morto. E assim com um barulho infernal prosseguiu a viagem. Às 16:00 hs encostávamos na Casa China em Pedro Juan Caballero já com a bandeira do Brasil tremulando do outro lado da avenida internacional que divide os dois países. Rogério e Mônica vieram de Campo Grande gentilmente nos receber. Todos estavam muito alegres mas já pintava no ar uma melancolia de final de viagem. Na Casa China Calil cortou o cabelo e aparou a charmosa barba branca que deixou ao longo da viagem para proteger o rosto. Não sei não mas acho que vou ganhar um parceiro de barba... Benoni também aparou os cachos e eu fiz as unhas que já juntavam sujeira de uns três países. Raul comprou pilhas recarregáveis e um cartão de 1 giga para a sua máquina. Esse Raul está ficando realmente esperto. A noite no Hotel Pousada do Bosque bebedeira e confraternização pelo aniversário da Mônica que seria no dia seguinte.
19° dia (19/03/08) Ponta Porã a Campo Grande (348 km): Sem hora certa para acordar deixamos o hotel aos poucos, uns indo fazer aduana, outro compras (no dia anterior as mulheres já tinham lotado a van) e combinamos de sair da Casa China as 9:00 hs. Conseguimos sair ali pelas 9:40 e seguimos com muito cuidado porque segundo dizem é perto de casa que acontecem a maioria dos acidentes. Rogério agora faceiro integrado ao grupo e bem falante no rádio da sua Ultra. Almoçamos no Kinzinho com sua mesa farta a 60 km de Campo Grande. Fizemos um quilinho e pegamos a estrada tomando uma chuvinha fresca na chegada da cidade que mais parecia lágrimas de despedidas e fomos todos para a padaria do Waldir para descarregar o Tobamóvel e nos separarmos encerrando a viagem definitivamente. Muitos abraços, muitas emoções. Uma viagem fantástica com muito visual, muita alegria, muita realização. Quando contarmos aos nossos netos vão nos chamar de mentirosos. Mas essa é a vida!
Gostaria de citar aqui e tecer alguns comentários sobre os companheiros de viagem, alguns dos quais nem citei ao longo de minha narrativa:
Toninho e Carmen: Toninho meu “hermano” de outras viagens, logo na saída dividiu o seu Lexotan com a Regina do Benoni e passou o resto da viagem com os nervos a flor da pele inclusive inspirando o Benoni a criar o Programa “O coice” na Rádio Toba Red que criamos em nossas comunicações entre as motos. Sempre prestativo e cuidando do Tobamóvel. Só pediu demissão do cargo no penúltimo dia. Carmen a nossa chefa de sempre. Quando ela fecha a boca e arregala os olhões azuis é porque alguma coisa está acontecendo! Trabalhou duro nas reservas de hotéis.
Benoni e Regina: Benoni o típico italianão! Sempre de bom humor e aproveitando tudo. Fala mais que um papagaio. Companheirão. Regina muito atenta, quase sempre quando não estava na garupa estava no banco da frente comandando o Tobamóvel. Grande abladora de castelhano nas reservas. Os dois loucos pelos consogros Magrão e Lilí.
Magrão e Lilí: Magrão nos emocionou a todos topando fazer esta viagem. Sabemos que luta com um problema na próstata que justificaria perfeitamente sua desistência. Mas o português é macho, consultou alguns médicos e partiu firme. Confesso que me preocupei com ele algumas vezes mas a sua Road King hora nenhuma ficou para trás. Lilí aquele doce de pessoa. Me lembra muito sua saudosa mãe Dona Malú. Atende a todos, sempre simpática, teve paciência com todos que usavam o seu laptop com JustVoip pra falar de graça. E foi fundamental também nas reservas.
Nilson e Cristina: Nilsinho foi meu companheiro de quase trinta anos atrás quando fazíamos trilhas pelo pantanal. Agora está de Harley. Continua prestativo como sempre, curioso, sabido e dá opinião sobre tudo. E quando o clima esquentava sempre foi conciliador. Cristina minha prima querida acaba sendo o meu “pedaço de Zé Barbosa”. Quando me abraça é como se eu estivesse abraçando um pouco meu primo (seu irmão) Zé Barbosa que me deixou tantas saudades. E tem um coração super generoso.
Geraldo e Fernanda: Como já descrevi durante o relato da viagem, o Geraldo é pessoa inteligente, educado e muito observador. Fala pouco e não diz bobagem. Admirador da boa mesa e do bom vinho. Já tinha boa impressão dele. Agora sou seu fã. Fernanda companheirona do Geraldo, muito antenada com a viagem e sempre se interando de tudo. Os dois são muito viajados e agora estão também com experiência em viagem internacional de moto.
Jânio e Dan: O meu amigo Jânio Toba é um caso a parte. Com sua BMW RT não se submete a nenhum tipo de controle! Tem hora que passa todo mundo, tem hora que fica pra trás pra fumar. Enfim dentro da harmonia que se formou no deslocamento do grupo o Jânio era o nosso passatempo, a quebra da rotina. Sempre foi assim e não vai mudar... A Dan sempre simpática só não pode ficar sem sua cerveja gelada! Ela e o Guilherme filho dos dois nos acompanharam entre Santiago e Mendoza.
Calil e Cláudia: Calil grande playboy dos tempos da Rua Augusta do alto de sua experiência de vida tem sempre umas tiradas engraçadas. Ri bastante com ele nesta viagem. E com seu novo visual (barba) está parecido com aqueles milionários da Cote D’Azur... Cláudia sempre de bom humor, companheira e acima de tudo fiel escudeira da Carmen.
Joaquim e Xan Xan: De mim obviamente não vou falar. Mas tenho a dizer que fiz o mais divertido spa da minha vida. Resolvi há uns 60 dias dar uma trancada na boca pois havia passado dos 150 kg! E durante a viagem na correria não dava mesmo tempo de comer então perdi uns bons kilos. Quanto a Xan Xan minha esposa foi uma companheira incrível, andando mais de 6000 km dos 8600 que foram a viagem na minha garupa. Foi uma experiência nova para nós, uma vez que nas duas outras vezes que fui ao exterior de moto ela não participou.
Raul e o Tobamóvel: Quando estávamos planejando a viagem precisávamos de um veículo de apoio. Magrão viu uma van anunciada no jornal e ligou. Achamos o Raul na primeira tentativa. E o cara se entusiasmou com nosso projeto, aceitou nossos pedidos (como adesivar toda a van por exemplo) e foi um grande companheiro de viagem. Ganhamos um amigo e o Raúl ganhou diversos fregueses. Quem quiser contratá-lo tem a nossa recomendação. Grande abraço Raul!
Agora como diz a Fernanda é pensar na próxima. Quem sabe o Ushuaia? Um abraço a todos e obrigado pela paciência e apoio de nos acompanhar pelo Blog.
Joaquim Barbosa de Souza Neto
10 comentários:
É isso aí Joca. Queremos agradecer por ter sido o nosso Road Captian, você foi incansável, tolerante e companheiro. Sabemos que não é fácil ser líder mas, você foi capaz.
Muito obrigado, e que façamos mais viagens como esta:MARAVILHOSA!!!
Grande abraço dos hermanos de sempre,
Carmen e Toninho
Depois de todo este mundão percorrido,liderados por nosso grande Road Captain,enriquecidos e emocionados,cantamos...AMIGO É COISA PRA SE GUARDAR,DO LADO ESQUERDO DO PEITO...obrigado amigos Joca&Chanchan,Toninho&Carmen,Nilson&Cris,Calil&Claudia,Geraldo&Fernanda,Janio&Dan,Magrão&Lili
completando...
Geraldo&Fernanda,Janio&Dan,Magrão&Lili
Sergio&Regina
Queridos companheiros de jornada.
Quero deixar registrado nosso agradecimento pela deliciosa companhia de todos e dizer que somos compabheiros para outras muitas aventuras que com certeza viveremos juntos.Valeu muito a licao de vida que tomamos nesses dias Brigaduuuuuuuuuuuuuu!!!!!
Lili e Magrao
Amigos, foi inesquecível e deixou um gostinho de quero mais. Estamos muito felizes e agradecemos a todos pela amizade e companhia.Nos desculpem pelas brincadeiras e algo mais,sabemos que só as melhores lembranças ficaram.Podemos começar a planejar a próxima????? Abraços. Nilson e Cristina.
Amigos,
Quando meu cunhado Zé Barbosa,insistiu para que eu comprasse uma Harley, eu lhe respondi que já tinha perdido o prazer de pilotar uma moto. Na ocasião,não enxerguei onde estava o prazer que ele tinha de ter e dirigir uma Harley, depois de tantos anos que tinhamos deixado as trilhas pantaneiras.
Hoje,entendo que ser um Harley Toba, não é simplesmente ser um proprietário de uma Harley,é participar de um grupo fantástico de amigos, companheiros que dão coices pelo rádio e, já na próxima parada se desculpam com a grandeza de VERDADEIROS AMIGOS.
Sem dúvida, esta aventura que compartilhamos jamais será esquecida.
Agradeço a todos, a paciência que tiveram em aturar as minhas chaturas, na próxima viagem vou levar Lexotan para diminuir meu ritmo acelerado( aí vcs vão ter que carregar as suas malas no Toba Móvel).
A todos vcs,muito obrigado pelos maravilhosos 19 dias que passamos juntos......Nilson ( El Paraguaio Volador)
Queremos muito agradecer pelo carinho que tiveram com a gente, mesmo não sendo um Toba nos sentimos como tal. Que Deus permita sempre poder estar todos juntos nas estradas da vida com a "alma desarmada"!!! só com o Amor. de Edgard e Cidinha
Sr Joaquim faltou tecer comentários dos casais Osmar e Terezinha e Edgard e Cidinha.kkkkkk, que estiveram juntos até nas despedidas!!!!
Amigos Tobas, em meu nome e de meu filho Mario Cesar, quero agradecer a feliz oportunidade de ter acompanhado esse maravilhoso grupo. Vocês, a partir desta viagem, passam a ser parte da história de minha vida. Obrigado pela amizade de todos, pelo carinho, pelas gentilezas e pelos agradabilíssimos momentos de convivência.
Espero poder estar em breve com vocês em uma nova "aventura".
Aqui por Floripa, estaremos sempre a disposição de todos.
Com um forte e fraternal abraço,
César - www.abracandoasamericas.com.br
Agradecemos a todos pela agradabilíssima companhia nessa viagem inesquecivel e a Deus pela grande proteção.Ao Joaquim nosso Mestre e ao Dengoso Toninho por nos ter conduzido tão brilhantemente com suas largas experiencias por este trexo de 8.817 km (no meu hodômetro).Estamos prontos para a Califórnia e outras que vierem.Grande abraço da Claudia e Calil.
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